quarta-feira, 30 de março de 2011

Terceirizadas da SMS não pagam aos funcionários



CARTA ABERTA

CONTRA A SITUAÇÃO ENFRENTADA PELOS FUNCIONÁRIOS DA FUNDAÇÃO INSTITUTO DE DIREITOS HUMANOS-IDH, QUE PRESTAM SERVIÇOS À
SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE DE SALVADOR.

Em nome dos ex-funcionários da Fundação Instituto de Direitos Humanos-IDH, prestadora de serviços à Secretaria Municipal da Saúde de Salvador, o Conselho Municipal de Saúde de Salvador vem a público e a quem interessar possa esclarecer e denunciar o que segue:

No início do mês de fevereiro de 2011, os funcionários da IDH tomaram conhecimento, extra-oficialmente, de que a Secretaria Municipal da Saúde estaria encerrando o contrato de prestação de serviços com a referida empresa. Ocorre que, neste período, os profissionais a serviço da terceirizada estavam sem receber os seus vencimentos referentes ao mês de janeiro, que só vieram a ser pagos em 18 de março do corrente ano.

Já em 28 de fevereiro, houve uma convocação para que os funcionários da Fundação IDH comparecessem ao NGI para assinar o Aviso Prévio, quando já vencera o salário de fevereiro. Dois salários em atraso, portanto.  A rescisão é uma circunstância normal nas relações trabalhistas, mas não da maneira que aqui se configurou: o Aviso Prévio foi redigido com data retroativa ao dia 28 de janeiro de 2011, evidenciando uma flagrante atitude de má fé, ilegalidade e desonestidade da referida Fundação IDH, com o beneplácito da SMS. Neste momento, os trabalhadores tomaram conhecimento de que não receberiam na data o salário referente ao mês de fevereiro, mas que este seria pago na rescisão a título de Aviso Prévio trabalhado, a ocorrer em data vindoura e desconhecida. Vale lembrar que, até a presente data, 29/03/2011, aniversário da Cidade do Salvador, nada foi pago referente à rescisão, bem como relativo ao salário do mês de março. Quanto a este, alega-se que será pago pela empresa que substituirá a Fundação IDH.

Como se vê, os trabalhadores foram lesados em seus direitos de uma maneira perversa. Trabalhadores que precisam do sustento elementar, proporcionado pela sua atividade laboral, mas que, a despeito de toda a dedicação e empenho, são relegados a segundo plano quando tentam fazer valer os seus direitos. De fato, a Secretaria Municipal da Saúde, que deveria ao menos intermediar, se não arbitrar todo o assunto, exigindo da prestadora lisura e pontualidade no compromisso trabalhista — já que os defeitos e vícios pelo não cumprimento aqui expostos afetam sobremaneira o desempenho dos seus funcionários contratados —, não tem esboçado nenhuma reação para minimizar o sofrimento destes trabalhadores, limitando-se apenas a dizer que o processo de pagamento da rescisão está sob apreciação da Procuradoria Jurídica e que é preciso ter mais um pouco de paciência. Até quando?

Até quando a Secretaria Municipal da Saúde vai deixar perplexos os seus funcionários, vítimas da incúria, do descaso, do desmazelo, da esperteza, da brutalidade, da falta de compromisso, da mesquinhez, da malícia torpe, do logro, da incompetência, da desídia, da falta de caráter, da má fé, da impunidade, do tráfico de influência, dos arranjos de última hora, do jeitinho brasileiro, dos acertos escusos e às escondidas, na calada da noite, da letra morta, da falta de satisfação, da falta de vergonha?

Tal é o tratamento desumano recebido pelos funcionários contratados para servir à SMS, pois além da falta de pagamento dos salários a que têm direito, para quitar suas despesas e apenas sobreviver, são ainda obrigados a trabalhar sob ameaças de demissão, caso não compareçam aos seus postos de trabalho, mesmo sem receber recursos básicos e necessários para arcar com a alimentação e o transporte. 

O Art. 459 da Consolidação das Leis do Trabalho-CLT — Capítulo III, Da Remuneração — estabelece:

“Art. 459. O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e gratificações.
Parágrafo único. Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.”

Eis a Lei tornada letra morta pelo achincalhe feito pela Fundação Instituto de Direitos Humanos-IDH, que, bem se vê, não honra o próprio nome. Nada mais contrário aos Direitos Humanos do que deixar trabalhadores à míngua, sem o salário que lhes dá, e às suas famílias, sustentação moral e material. Nada mais lesivo aos Direitos Humanos do que fomentar o desespero nas famílias, a discórdia entre casais desesperados, a desagregação familiar provocada pela inanição, pela humilhação suprema por que passa o trabalhador em ter que pedir ajuda de transporte e alimentação a familiares e amigos que também não têm, de ser obrigado a se desculpar e a fazer reiteradas promessas de pagamentos de dívidas, que não tem como cumprir, e vendo-as a se acumular mês a mês.

Enfim, são estes os profissionais que, mesmo sem receber salário por três meses, continuam a envidar todos os esforços para que os serviços tão fundamentais para a população não sejam paralisados. Profissionais que deveriam ser respeitados, apesar das contas acumuladas, da falta dos mais elementares recursos, fragilizados pelas enormes preocupações de subsistência, vilipendiados pela má administração de uma empresa oportunista; funcionários que, a despeito de tudo, não se entregam, esperam receber o justo pagamento e confiam na Gestão.

Nota: Os mesmos problemas aqui relatados são também comuns às outras empresas terceirizadas ACMAV Administração de Serviços Ltda. e Fox do Brasil.

Salvador, 29 de março de 2011.

quinta-feira, 24 de março de 2011

24 de Março - Dia Mundial da Tuberculose

O Dia Mundial da TB foi lançado, em 1982, pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela União Internacional Contra TB e Doenças Pulmonares (International Union Against TB and Lung Disease - IUATLD).

A data foi uma homenagem aos 100 anos do anúncio do descobrimento do bacilo causador da tuberculose, ocorrida em 24 de março de 1882, por Dr. Robert Koch. Este foi um grande passo na luta pelo controle e eliminação da doença que, na época, vitimou grande parcela da população mundial e hoje persiste com 1/3 da população mundial infectada: 8 milhões de doentes e 3 milhões de mortes anuais.

O Dia Mundial de Combate à Tuberculose não é uma data para comemoração. É sim uma ocasião de mobilização mundial, nacional, estadual e local buscando envolver todos as esferas de governo e setores da sociedade na luta conta esta enfermidade. É o marco fundamental de uma campanha que dura até o fim do ano corrente, fator fundamental para a intensificação das ações de controle da doença.

No Brasil, a Portaria GM/MS Nº 2181, de 21 de novembro de 2001 transformou esta data no início da Semana Nacional de Mobilização e Combate à Tuberculose que vai até o dia 28 de Março. O dia 17 de Novembro também é referenciado para TB como data de mobilização nacional, estadual e local.


No mundo, mais pessoas morrem de Tuberculose que de qualquer outra infecção curável. A cada dia mais de 20 mil pessoas adoecem e 5 mil morrem com este agravo. Vinte e dois países respondem por 80% dos casos. Como complicantes existem a co-infecção com o vírus do HIV (que aumenta o risco de adoecer e morrer) e o problema da resistência medicamentosa (TB-MDR), que é muito mais cara e mais difícil de tratar e vem se espalhando em mais de 20 países.

No Brasil, a situação persiste também grave, com 50 milhões de infectados e uma média anual de aproximadamente 100 mil casos novos e 6 mil óbitos pela enfermidade. Cada paciente pulmonar bacilífero (BK+), se não tratado, pode infectar em média 10 a 15 pessoas por ano. A tuberculose infecta pessoas em todos os países do mundo, tanto ricos como pobres. A pobreza, desnutrição, más condições sanitárias e alta densidade populacional são fatores que contribuem para que o agravo se dissemine e se transforme em doença. Apenas alcançando as metas de detecção de no mínimo 70% dos casos de tuberculose e cura de 85% destes casos é que o controle da doença realmente se dará e suas taxas começarão a diminuir gradativamente em 5% ao ano.

Controle da Tuberculose - O Desafio
Nos últimos anos, o Brasil e o mundo vêm ampliando os esforços para o controle da tuberculose, que continua sendo um importante e grave problema de saúde pública, essencialmente em função do aparecimento da Aids, do aumento do processo migratório e da pobreza. Os índices da doença, que diminuíam gradativamente na década de 80, voltaram a crescer nos anos 90, associados ao também risco de aparecimento de bacilos resistentes, exigindo dos governos ação firme e articulada para o seu controle, com a adoção da estratégia de tratamento como forma de aumentar a detecção de casos, de assegurar a cura de todos os doentes, de reduzir o abandono do tratamento e evitar o aumento da chamada resistência medicamentosa, risco que tem aumentado em todo o mundo.

Fonte: MS

quinta-feira, 10 de março de 2011

840 pessoas realizaram teste rápido para HIV no Carnaval

O projeto Fique Sabendo realizou, durante o Carnaval, 840 testes rápidos para detecção de HIV, com 6 diagnósticos positivos confirmados. A atividade aconteceu durante os seis dias de festa nas unidades instaladas no IBR - Instituto Bahiano de Reabilitação, em Ondina, e no Colégio Apoio, no Corredor da Vitória. No carnaval do ano passado, 545 pessoas realizaram o teste rápido, também com seis casos positivos.
Aqueles que têm o diagnóstico confirmado recebem orientações dos profissionais de saúde e agendam atendimento especializado. O objetivo da campanha é chamar atenção para a importância da detecção do HIV. O diagnóstico precoce é importante para a realização de um tratamento que garanta a qualidade de vida da pessoa infectada.Mesmo com o fim do carnaval, o teste pode ser feito gratuitamente durante todo o ano no Centro de Testagem e Aconselhamento Marymar Novais, que funciona no Dendezeiros. O CTA é uma unidade básica de saúde que oferece diagnóstico sorológico da infecção pelo HIV, VDRL, Hepatite Viral B e C e HTLV de forma sigilosa e orientada, acompanhado de aconselhamento como estratégia para fortalecer as práticas seguras de prevenção, contribuindo para a interrupção da cadeia de transmissão das DST/Aids.

Fonte: Secom

Observatório registra 254 casos de discriminação neste Carnaval

As denúncias de agressão à mulher estão
em segundo lugar entre as ocorrências registradas.

O Observatório da Discriminação Racial, da violência contra a mulher e LGBT, promovido pela Secretaria Municipal da Reparação (Semur), já registrou 254 casos nestes cinco dias de folia, sendo grande parte dele, 149, de denúncias de racismo. As denúncias de agressão a mulher vem em seguida, com 63 mulheres agredidas, e 42 casos de agressões contra grupos LGBT (gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis).
As unidades do Observatório da Discriminação Racial, da violência contra a vulher e LGBT estão instalados em quatro pontos da cidade, na Ladeira de São Bento, Estação da Lapa, Campo Grande e Ondina. A equipe de observadores montada pela Semur está atendendo em parceria com a Defensoria Pública, Ministério Público e Delegacia Especial de Defesa à Mulher (Deam) até o final do Carnaval.
Iniciado em 2006, o Observatório da Discriminação Racial registrou no ano passado 907 ocorrências entre denúncias e observações, derrubando assim a falsa idéia de democratização racial da festa.

Fonte: Correio